O potencial da IA para trazer equidade nos cuidados de saúde
29/06/2021

O potencial da IA para trazer equidade nos cuidados de saúde

A Inteligência Artificial (IA) tem potencial para melhorar as tecnologias já existentes. Na área da saúde, pode ajudar com o aprimoramento de medicamentos personalizados e, juntamente com Big Data, beneficiar populações historicamente carentes. Mas para que isto aconteça, a área da saúde necessita de ferramentas de IA que sejam confiáveis e não perpetuem preconceitos existentes no sistema atual.

Recentemente aproximadamente 1.400 pessoas participaram virtualmente da Conferência AI for Health Care Equity (em tradução livre: IA para Equidade de Cuidados da Saúde) sediada pela Clínica MIT Abdul Latif Jameel para Aprendizado de Máquina em Saúde (Clínica Jameel) para discutir e avaliar o trabalho atual utilizando esta tecnologia.

A conferência trouxe líderes acadêmicos, da indústria e do governo que estão trabalhando para melhorar a equidade no atendimento à saúde e entender melhor os desafios técnicos e caminhos para prosseguir.

Durante o evento a professora de Inteligência Artificial e chefe do corpo docente da Clínica Jammel, Regina Barzilay, e Bilal Mateen, líder de tecnologia clínica do Wellcome Trust, anunciaram a concessão do Wellcome Fund para a Clínica Jammel poder criar uma plataforma que irá apoiar ferramentas de IA equitativas em cuidados da saúde.

O principal objetivo do projeto é melhorar a vida dos pacientes em todo o mundo. Os pesquisadores insistem que as ferramentas de IA não devem ser desenvolvidas com uma única população em mente, mas sim para que sejam inclusivas e que possam servir a qualquer comunidade ou subpopulação. Para isso a ferramenta projetada precisa ser estudada e validada em muitas populações, ou seja, cidades e países variados.  Os pesquisadores também gostariam que o projeto tivesse acesso aberto para a comunidade científica, respeitando, é claro, a privacidade do paciente.

Uma das principais questões levantadas durante a conferência foi em torno de como a raça é representada em bases de dados, uma vez que é uma variável que pode ser fluida, auto relatada e definida em termos não específicos. Os participantes lembram que muitos aspectos da saúde são puramente determinados pela biologia, como no exemplo de doenças hereditárias. Porém, a maioria das doenças não é assim. Segundo o oncologista T. Salewa Oseni do Massachusetts General Hospital, quando se trata de saúde e dos resultados do paciente, a pesquisa tende a presumir que fatores biológicos têm influência desproporcional, porém deve-se levar também em conta com a mesma seriedade os fatores socioeconômicos.

Não é somente a Clínica Jameel que tem observado essas questões, o Broad Institute of MIT e Harvard, também entendeu a importância da diversidade de dados para criar cuidados na saúde mais equitativos. Anthony Philippakis, diretor de dados apresentou o programa de pesquisa All of Us, um projeto que visa preencher lacunas para populações historicamente sub-reconhecidas por meio da coleta de dados de saúde em mais de 1 milhão de americanos. O objetivo do banco de dados é descobrir como as doenças se apresentam em diferentes subpopulações.

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Fonte: https://news.mit.edu/2021/potential-artificial-intelligence-bring-equity-health-care-0601